quarta-feira, 29 de setembro de 2010

[sem título]

Às vezes, como a aranha vai tocando na harpa das suas teias, gostava que nós também pudéssemos fazer música simplesmente, nos toques de dedos ou nos acordes que fazemos com o olhar e nas notas altas que alcançamos com os sorrisos, envergonhados ou não.
Tenho vergonha das minhas palavras, mas queria ouvir que a melodia fosse sussurrada novamente ao meu ouvido, com a voz melhor equalizada do que qualquer técnico de som a poderia fazer, esse tom entre o infantil e o adulto, que me tira do sério e dá nova cor à minha expressão.
Suavidade, quase silêncio, o timbre agrada a vibração dos meus tímpanos. Tocas de mansinho, no dedilhar das emoções, não queres ver, mas tu sabes que (ainda) tremo cá dentro.

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