quinta-feira, 28 de julho de 2011

Porque hoje a saudade aperta :(

e se te disser agora, que preciso do teu corpo como nunca? tu vens? se te disser que te quero comigo porque me fazes esquecer tudo, e se te pedir para me levares de novo a aquela praia, aquela praia onde me beijaste pela primeira vez, tu levas? 
quero te pedir tanta coisa, que palavras não chegam... se te pedir para ficares comigo, fazes isso?
vá, anda. fica comigo, deita-me na tua cama e despe-me outra vez. pode ser?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um elogio a solidão.

Gosto de estar sozinha.

De passear na praia sozinha. Do vento, do sol ou da trovoada. De me sentar no parapeito a ler. Não ouvir ninguém. Poder ler. Poder escrever. Poder fotografar. Poder ver. Poder desenhar. Poder sonhar. Poder pensar ou não pensar. Tanto faz. 

Gosto da minha companhia. Para equilibrar. Para relaxar. 

Gosto de pessoas, muito. Mas gosto igualmente dos meus bocadinhos.

Mais do que querer e gostar eu preciso de ter estes momentos. Sozinha. E sabe-me pela vida.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Como arranjar um namorado em meia hora ou menos de uma hora. Por uma menina de 10 anos. #Right, I'm a kid II

Oh Carla, é muito fácil. Tu entras numa escola e começas a brincar com um rapaz até que ele se apaixona por ti. Isso, ou vais para uma discoteca e começas a tirar a roupa.



Fácil, não?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

À minha amiga que tem dificuldade em sentir sem intelectualizar.

É como numa dança, sabes? Como, por exemplo, no tango. E olha que eu sei que não gostas de dançar mas sei que gostas de tango. 
Tu até podes saber os passos. Sabes que o tango tem uma forma musical binária e compasso de dois por quatro. Podes saber que o tango é dançado em linha (ronda), numa posição peito com peito ou face encostada (cara a cara). 
Podes racionalizar tudo o que aprendeste: que é o ombro esquerdo que conduz, enquanto o resto do corpo se mantém ligeiramente inclinado. Que os corpos devem estar em contacto, os joelhos medianamente comprimidos e que a ponta do pé direito deve estar junto à parte interna do pé esquerdo. Que tu- por seres mulher- deves posicionar-te ligeiramente à direita do teu par. Que são apenas oito os passos principais e que depois de os decorares, dançarás o tango num ápice. 
No entanto, miúda, assim que a música começa a tocar tu esqueces-te de tudo o que aprendeste. Sabes a sensação? O ritmo apodera-se do teu corpo, os teus pés ganham asas, os teus braços são dentes-de-leão esvoaçantes. Olhas o parceiro nos olhos e danças com paixão.
E esta é a diferença de quem sabe dançar, aprendeu a dançar, dança e quem é, efectivamente, bailarino.
Na tua cabeça não há nada: só a música, a luz, o ritmo, os olhos do teu par que te fitam numa atitude predadora. Mas tu sabes que, no fim, quem o tortura na dança és tu. E não há passos, lições de postura, movimentos ensaiados que te povoem a cabeça. Danças apenas como quem sente. Deixas-te ir sem intelectualizar. Sentes a música. 
Não é assim tão difícil: deixa-te contagiar pelo ritmo. Sente como quem dança.  

Juro que acabei de assistir a este imperdível diálogo entre um miúdo de 4/5 anos e os seus progenitores. #Right, I'm a kid I

Filho: Mãe, onde está o pai?
Mãe: Foi apanhar ar.
Filho: Fugiu?
Mãe: Não fugiu nada, foi apanhar ar!
Filho: Não, o ar.

Mãe: Ahn?
(Pai chega, entretanto)
Filho: Apanhaste-o?
Pai: Apanhei quem?
Filho: O ar.
Pai: Ahn?

sábado, 2 de julho de 2011

Há perguntas e perguntas! #annoying things I

Não tenho problema nenhum em explicar coisas às pessoas. Não sabemos todos do mesmo e é também para isso que servimos uns para os outros. Posso explicar mnemónicas de química orgânica ao meu primo, posso passar horas a explicar à minha prima a classificação das rimas, posso mostrar como se contornam os problemas de vontade própria que o word  tem ou porque raio é que uma funcionalidade não faz o que devia fazer. Posso fazer isso tudo e faço-o de muito bom grado. Gosto mesmo de ajudar. A sério.

A coisa muda muito de figura quando as perguntas me parecem simplesmente o caminho mais fácil. Quando já expliquei uma coisa várias vezes e me dizem “faz tu que eu não sei fazer”. Não sou nenhuma sobredotada e se eu aprendi porque raio é que os outros não querem aprender? Se quando é preciso saber alguma coisa eu arranjo maneira de saber, porque é que não fazemos todos o mesmo? Eu também faço muitas perguntas quando não sei alguma coisa, e também chateio quem acho que sabe e pode ajudar. Mas há perguntas e perguntas e aquelas perguntas com cheiro a “não sei nem quero saber” irritam pa caraças.