terça-feira, 2 de agosto de 2011

Como posso não querer?

Acordei e senti a frescura dos lençois da cama dele no meu corpo. Abri os olhos e lá estava ele. Dormia profundamente, com um ar tranquilo e a boca entreaberta que me fez sorrir. Deitei a cabeça no peito dele e recordei o dia anterior. Foi buscar-me a casa a meio da tarde e fomos juntos para a praia pela primeira vez. Gostei de o ver de calções de banho, gostei da forma como o corpo perfeito dele refletia a luz do sol, gostei da forma apaixonada como me beijou enquanto tomávamos banho no mar e, sobretudo, gostei que me tivesse abraçado quando lhe disse que estava cheia de frio. Ficamos a ver o pôr do sol na praia quase deserta e jantamos naquela esplanada onde tinha prometido levar-me. No final do jantar, demos um passeio de mãos dadas pela marginal. Falamos e rimo-nos alto. Compramos gelados e sentamo-nos na areia a ver a lua cheia que iluminava o mar e o deixava ainda mais misterioso. Decidimos tirar a roupa e entrar no mar. Não senti o mínimo arrepio de frio. Antes um calor intenso que me vinha não sei bem de onde e me inundava o corpo todo. Senti os lábios salgados dele contra os meus e percebi que estava completamente apaixonada. No caminho de volta para o carro, as pessoas olhavam-nos admiradas por estarmos todos molhados e nós, felizes, não nos importamos absolutamente nada. Naquele momento, nós éramos tudo o que existia, éramos o centro do mundo um do outro. Quando chegamos a casa dele e ele me olhou nos olhos e me disse “amo-te e quero-te muito” desarmou-me por completo.





Depois o despertador tocou e eu voltei à realidade. 

(porque passei o dia todo a sonhar com a noite de ontem, e só agora soou o meu despertador que indica claramente: hora de acordar pra triste realidade) :-/

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