terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O homem perfeito.

Hoje em conversa com primas veio à baila a conversa do homem perfeito. Ah e tal isso não existe, eu sei, não podemos acreditar no príncipe, etc. Mas... e se existisse, como era para ti o homem ideal? Todas elas referiram as características da praxe, divertido, culto, inteligente, charmoso/sexy (muito mais do que propriamente bonito), carinhoso, blá blá blá. Mas houve três pontos que referiram que me deixaram a pensar. A saber: 1. que não goste de futebol; 2. Que saiba dançar; 3. que seja muito educado: lhes abra a porta, lhes vista o casaco, lhes arraste a cadeira para se sentarem, etc etc etc. E visto que isto não tem nada a ver comigo, venham de lá as minhas explicações:

1. Que não goste de futebol. Ora, mas que tipo de homem não gosta de futebol? Leitores masculinos que não gostam de futebol que me perdoem mas homem que não gosta de futebol eu desconfio, e muito!. Isto porque eu também gosto mesmo muito de futebol. Eu passei anos (e não foram poucos) a ver semanalmente jogos do Moçambola e - pasmem! - quando não podia ir ver ao vivo, ouvia o relato em casa. Agora imaginem o que é ouvir 90 minutos do relato de um Textáfrica de Chimoio-Chingale de Tete, um Wane Pone-F.C de Lichinga. Pois! Ontem à noite, chateada com aquele programa que deu na SuperSport HD à 00:45, eu poderia ter mudado de canal para ver a nova temporada de House, o diário da OT, ou o Best Dance Crew na MTV. Mas não. Mudei para ver o rescaldo do Mundial 2010 que ao menos (re)via alguns dos meus a ganhar. Por isso acho bem que o meu homem goste de futebol que não quero ter que me chatear para assinarmos a Super Sport ou ficar sozinha na sala a ver o Benfica enquanto ele vai para o quarto ver a Anatomia de Grey no PC.

2. Que não saiba dançar. Bom, há o não saber e o não gostar. Eu particularmente gosto (muito) de dançar e não me importava nada de ensinar-lhe se ele assim o desejasse. Mas também, se ele não quisesse aprender, deste que não fizesse um basqueiro cada vez que eu saísse pra dançar ou torcesse o nariz enquanto eu danço não me importava mesmo nada. Há coisas muito mais importantes que ele deve saber fazer, e a dança não faz (felizmente) parte desse rol ;).

3. Que seja o supra sumo da educação. Oh pá, que me abram a porta para eu passar ainda vá que não vá ou até ao andar num passeio irem do lado de fora (houve quem brincasse com esta minha aversão a estas etiquetas e dissesse que só me deixavam ir do lado de dentro do passeio porque se eu fosse do lado de fora e um carro me atropelasse, não saberia o que me dizer nos meus últimos minutos de vida). Agora que me vistam o casaco? Um gajo que me viesse vestir o casaco era ver-me oh amigo, já me visto sozinha desde os 3 anos, deixa lá isso. Então arrastar-me a cadeira no restaurante para eu me sentar tira-me mesmo do sério. Porque até podemos dar aquele jeitinho, deixá-lo empurrar-nos a cadeirinha como se tivessemos dois anos, mas a verdade é que depois TODA a gente tem que puxar a cadeira mais para a frente ou fica longe da mesa pra caraças. 
Achava eu que era exigente mas pelos vistos há quem seja pior. Para mim, se analisarmos bem as coisas, o homem ideal é um adepto ferrenho aí do bairro, alto, que passa à minha frente em tudo e ainda por cima deixa a porta bater-me na cara. Um must!

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