Apareceste numa má fase da minha vida e desde então fazes parte dela. Quando te via, meses e meses seguidos, nunca pensei que nos tornássemos no que somos hoje. Quando fazia comentários sobre os teus projectos nunca pensei que um dia os fosses partilhar comigo. Não posso dizer que fazes parte da minha vida desde sempre e que te conheço como ninguém, mas sei que conheço de ti o que mais ninguém conhece. Nunca na minha vida tinha contado tantos pormenores sobre ela, sobre o que sonho ou penso, o que imagino e acredito. Não me vou esquecer nunca dessa noite. Nunca me senti tão à vontade para partilhar tanta informação, e posso-te assegurar que és a única pessoa a saber de tudo. Parte do que sabes, o resto deconhece. Agradeço-te por teres partilhado as mesmas informações comigo, senti que assim a nossa confiança remava no mesmo rio. Quando a aproximação se tornou maior recuei, sabes os motivos. Não era bem o fim de noite que esperava mas acabei por querer que se repetisse. E volto a esperar por ti as vezes que forem precisas, mesmo que essa espera se transforme em horas de inquietação, como será. Posso afirmar com certeza que és das poucas e melhores pessoas que conheço, e das únicas à qual me vejo a partilhar toda uma vida. Não me vou esquecer do dia e noite de ontem, de cada palavra que por ti foi dita, de cada gesto, de cada toque. Mas sinto que as minhas palavras perderam-se no caminho e nas inseguranças, estão mascaradas de incerteza e quando forem descobertas vão-se transformar em culpa. Sei que remas ao meu lado, mas na curva do rio, podemo-nos desencontrar. Desculpa, eu ainda não sei o que fazer.
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19.11.2010 |
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