quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sopa de Letras? Não. É Sumo de Palavras.

E as cores espalham-se pelo ar em múltiplos confettis: o regozijo dourado, a euforia vermelha, a inocência azul, a verde esperança, o subtil violeta, o indeciso e o poderoso preto. Voam as cores pelo ar, enquanto o céu se mostra qual prisma multifacetado… Eu deixo a caneta correr pelo papel e vou sublinhando, riscando e tentando dar um rumo ao texto.
O vento desanuvia o calor, o jardim toca no rádio, a voz anuncia o bom tempo, eu refastelo-me em projectos futuros, no meu colchão de nuvens… deixo a energia soltar-se para cima da folha. Ah! Que suspirar, que aguardar, que vida à minha espera! Tento expressar tudo o que anseio, tento cerrar em meia dúzia de caracteres a força que a minha alma deseja (ex)pulsar. Agora páro, volto à zona de conforto e refugio-me na doçura do sotaque da cantora, tão francesa, tão ...: “Le glamour, La chanson, Les paroles…”
O Inverno continua a correr, mas já há frasgos de calor. Nem todos somos felizes com o sol e, tantas vezes, temos saudades do vento gélido, do sabor do nevoeiro matutino e do gotejar da manteiga no pão quente. Rrrag… dou uma trinca na maçã, corre-me sumo pelos olhos, a gula escorrega-me pela boca. Esta já terminou.

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